segunda-feira, 5 de julho de 2010

Notas do Subsolo - Fiodor Dostoievski

Este livro de Fiodor é escrito numa forma de confissão. Como se fosse um diário contando eventos passados. A obra é famosa por apresentar um pouco do pensamento de Dostoievski, o que lhe dá um status de importância único. O sujeito é claramente alguém baseado no autor. Funcionário público pouco ambicioso, um sujeito pobre e doente (e um tanto quanto hipocondríaco).

O personagem refere-se algumas vezes a sua educação, de forma positiva, porém pode ser encontrado um tom sarcástico nisto tudo. Este livro me convenceu de que Dostoievski entra do grupo de críticos a modernidade, o que de certa forma, percebo também no pouco de Tolstoi que já li. Porém, deve-se lembrar que são autores diferentes.

Esta crítica a modernidade me leva a crer na importância que havia naquele tempo ser comunista ou anarquista. Porém, o assunto agora não seria este, ainda mais que o livro não trata deste assunto (ao menos não diretamente).

Dostoievski bate de frente com a razão, algo que é tão sagrado para a nossa sociedade atual quanto o trabalho e a democracia, são três valores intocáveis e inquestionáveis. Lembrando que o escrito foi elaborado durante o século XIX, que é um século conhecido pelos fortes avanços tecnológicos e as grandes mudanças políticas e governamentais.

Um livro interessante para ser lido, que de certa forma, pode colaborar para o entendimento do que seria a modernidade e também um pouco do espírito de uma época. Uma obra que como dito no começo, revela boa parte do pensamento de Dostoievski.

Também foi traduzido sob outro título como "memórias do subsolo".


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