quinta-feira, 29 de outubro de 2009

1984 - George Orwell


Ontem na aula estavámos discutindo o disciplinamento do corpo, e chegou a um momento em que começamos a falar sobre 1984, fahrenheit e admiravél mundo novo (este ultimo não li). E lembramos o quanto o disciplinamento e a bioplítica está bem ilustrada nestes livros, e que se não me engano todos são anteriores a "Vigiar e Punir" do Foucault.

A cena marcante do livro é a teletela berrando para o personagem principal (Wilson Smith?) tocar os pés sem flexionar os joelhos e de pé. Ele é resistente e não queria nada daquilo. Também é interessante a coisa de ser vigiado o tempo todo, que no livro é muito bem exemplificado no que implica, e hoje em dia percebemos cada vez mais cameras nas ruas, e o pior, pessoas pedindo por isso. Pessoas igual ao vizinho do personagem principal (não me recordo no nome, só lembro da Júlia...) ou pior, igual aos filhos daquele vizinho, que entregam o próprio pai.

A hora do ódio eu assisti um tempo atrás quando me deparei com o filme "tropa de elite", lembro que depois no quartel quando fui obrigado a me apresentar, havia um garoto de cabelo raspado e que rosnava de canto "pede pra sair, pede pra sair" quando questionava alguém sobre a vontade de servir, e a resposta era negativa.

Um livro antigo, escrito por um sujeito vagabundo, e antes de um intelectual carimbado e certificado por uma instituição. Já era uma questão que estava no ar, e que depois é organizada e esclarecida por aquele francês que eu gosto tanto.

Lembrar antes de encerrar a importância de se ler um romance com um olhar mais profundo, ir além da histórinha. E lembrar que o que a grande massa lê, não são livros de teoria, mas sim romances.

Por agora é só, há inumeras críticas e leituras sobre este livro, há até um filme, mas não cometa o erro de assistir o filme antes do livro. E para quem já leu, só para recordar um pouco.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Numa Fria - Charles Bukowski


Livro com o qual tive meu primeiro contato com o velho safado. Já havia passado os olhos por cima do livro "Mulheres", e havia gostado da primeira página que eu li.

É um livro de contos, tendo sexo e bebedeiras como tema geral, temas gerais do Charles na verdade. Bukowski é o escritor com a escrita mais "fácil" que eu já li. Há uma fala no livro "Hollywood" onde um sujeito diz que até mesmo uma criança de 8 anos o lê e entende.

O que mais me fascina neste vagabundo é o fato de ser muitas vezes considerado um escritor beat. Para mim ele é o mais maldito de todos, não tinha pinta de bonitão como o Kerouac, nem diplomado pela universidade (caso do Burroughs). Boa parte de sua obra é autobiográfica.

Parada obrigatória para quem por acaso já leu John Fante, e se já leu Buk, prescisa ler Fante!